
A Minha (amiga) Sombra
Há dias fui a caminhar até uma piscina que fica a aproximadamente 5 kms de casa, enquanto isso, os miúdos foram de carro com o pai. Durante a minha caminhada olhava para a minha sombra. De resto, foi a primeira vez que olhei para a minha sombra desta forma, com este prisma que agora vou partilhar contigo.
Todos nós temos uma sombra:
“Onde há luz tem de haver sombra, e onde há sombra é forçoso que haja luz. Não existe sombra sem luz, nem luz sem sombra.” — Haruki Murakami
Na verdade, todos nós temos uma parte de que não gostamos tanto, e que gostaríamos de melhorar. E, foi com essa perspetiva que eu olhei para a minha sombra. Pensando que todos nós temos uma parte de nós que gostamos que toda a gente veja e conheça e que em oposição, temos também uma outra parte de nós que preferimos que os outros não vejam…
Até aqui tudo bem? 🙂
Então vamos a isso!
A Sombra faz Parte de Ti!
E se por outro lado, considerasses que todas estas partes fazem parte de ti? Que só com estas duas partes juntas, podes ser TU? Se não, não és TU, é só uma parte de ti… E que podes escolher o que queres “usar” em determinado momento.
Eventualmente, em algum momento da vida podes ter tido um comportamento mais ríspido para com os outros, que pode ter ser positivo para ti. Inegavelmente, as nossas habilidades e recursos estão ao nosso dispor por algum motivo… a fim de nos auxiliarem e ajudarem quando é preciso, e somos nós que as produzimos e que decidimos quando as devemos usar. Antes de tudo, somos nós, pois como me questionou uma vez uma pessoa que aprecio bastante: – “Tu compras coragem?”; “Já viste alguém a comprar tristeza ou raiva?”; pois bem, então és tu que as produzes.
Geralmente aquilo que não gostamos de partilhar com os outros materializa-se em comportamentos com os quais não nos identificamos, verdade? E, em algum momento já consideraste que não é um comportamento que te define enquanto pessoa? E que o podes mudar? Depende de ti.
O que fazer (com a tua sombra)?
Começar por identificar qual a nossa verdadeira necessidade no momento em que aquele comportamento ocorreu e entender de que formas alternativas eu disponho para evitar que volte a acontecer daquela maneira, naquele contexto. Ou seja, por exemplo, quando gritas com os teus filhos (e não querias, ou não te identificas) pergunta-te: “Quando eu disse ao meu filho que ele era chato, como me sentia?”; “Em que altura do dia foi?”; “O que estava realmente a precisar quando gritei com ele?”; “O que estava a achar de mim mesmo?”; “Se pudesse diria alguma coisa diferente?”
Debaixo da tua ira há dor.
Em resumo, debaixo dos nossos comportamentos há uma razão para eles acontecerem, há uma emoção e uma necessidade por atender. Por exemplo, debaixo da tua ira há dor. Surpreendentemente, ou não, é assim…
Como resultado, a questão que se coloca agora é: “Por que sentes dor naquele momento?” Quando conseguires responder a esta questão poderás encontrar outras formas de preencher essa necessidade sem teres que recorrer a uma forma com a qual não te identifiques. Então, para isso deixo-te uma ferramenta interessante – para identificares as tuas necessidades – nos materiais abaixo. Usa-a! 😉
Com efeito, deixo-te ainda uma outra ferramenta útil para que possas trabalhar esta temática com os teus filhos (e contigo, se quiseres ;))
Encontra mais vezes a felicidade em ti e na tua família! ♥
#beyounique
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