Posso ser uma mãe melhor?
. Posso ser uma mãe melhor, que aquela que tenho sido?
. Será possível, hoje, à luz do que sei ser melhor do que sou?
. Aquilo que fiz até agora foi o melhor que consegui fazer?
. Alguma vez te fizeste estas perguntas?
A querer ser uma mãe melhor
Nem sempre foi assim é certo, e eu tenho (ainda) aquele ímpeto de querer ser o melhor que eu puder ser naquilo em que eu me foco. Gosto de “fazer bem”. O que quer que isso queira dizer e no que quer que coloque o foco. Gosto de sentir que dei o meu melhor. Mesmo que o meu melhor possa por ventura, não ser “o melhor”, ou o suficiente para determinado objetivo, pessoa, ou situação.
Um dia destes um dos meus filhos quis cortar as unhas. E para isso usou uma afia-lápis. Lascou a primeira unha, não doeu muito e passou à segunda unha. Esta já doeu mais um bocadinho e então veio ter comigo e disse-me: -“Mamã, resolvi cortar as unhas e magoei-me. Tem um bocadinho de sangue aqui. Acho que foi má ideia, mãe”. E mostrou a afia-lápis.
A “fatalidade”
Bem… partilhar contigo que tinha “confiscado” as aguças da casa estando confinadas ao estojo da mais velha. De resto, “sempre” tive esse cuidado porque quando era pequena os meus pais alertavam-me para esse perigo… então sou sensível aos danos que pode causar.
E, na minha ida recente a Lisboa, comprei-lhes um lápis gigante e colorido, a cada um, que trazia uma afia-lápis (gigante) presa, destacaram-na do lápis e uma ficou perdida… foi essa – a perdida – que foi objeto de “análise” factual de um dos meus filhos, causando danos em dois dos seus dedinhos.
Fiz o curativo, conversei com ele e acalmei a sua dor dentro do possível.
Depois, fiz um story com esta informação e recebi algumas mensagens. Uma delas era de uma amiga médica que me escreveu: “Quem nunca… garanto que não volta a experimentar… eu lembro-me de o fazer e de já ser bem maior e de ter vergonha a seguir…”
E também uma mensagem a dizer: “tu deves ser uma mulher espetacular”; recebi mensagens a desejar as melhoras, e por fim recebi uma mensagem que focava entre outras coisas, o desejo das melhoras, a malandrice “incontornável” dos pequenos, e que devemos estar atentos aos nossos filhos…
Posso ser uma mãe melhor?
E surgiram na minha cabeça, durante a leitura desta última mensagem, questões como:
- Posso ser uma mãe melhor, que aquela que tenho sido?
- Será possível, hoje, à luz do que sei, ser melhor mãe do que sou?
- Aquilo que fiz até agora foi o melhor que consegui fazer?
Garantidamente que o meu compromisso é o de ser uma mãe melhor todos os dias. E se eu fizer todos os dias melhor um bocadinho, ao final de muitos dias, estarei a fazer muito melhor (sinto-me, de resto, atualmente a fazer muito melhor do que já fiz). Esse é o meu compromisso.
E depois também sei que dei o meu melhor especificamente nesta circunstância, e também sei hoje que não é possível ver ou gerir tudo, sem querer CONTROLAR tudo.
Naturalmente, e mesmo pelo conteúdo das mensagens se vê e se sente, que todos temos Modelos do Mundo diferentes (filtros, juízos, crenças e valores diferentes) e que o meu é hoje pautado por querer ser melhor, sem procurar controlar TUDO. Controlar tudo, impede-os de crescer, sentir, descobrir, errar…
E qual é o equilíbrio? Onde é que ele está? Cada um de nós terá o seu.
O meu é que o meu “melhor” não pode prejudicar o melhor dos outros. Mesmo que os outros sejam os meus filhos e os ame até ao último pedacinho ♥
Eu escolho SER assim!
Sendo melhor, é certo, todos os dias melhor um bocadinho…
Encontra mais vezes a felicidade na tua família! ♥
#beyounique