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Por um Natal sem Etiquetas!

Entre embrulhos e etiquetas, não sei como é em vossas casas, mas em muitas casas as prendas abrem-se à meia noite entre 24 e 25 de dezembro. E é logo depois do jantar (que se costuma prolooooongar) que os miúdos começam a perguntar quando é que vem o Pai Natal…

É nessa altura que se começam a tornar insistentes (porque o desejam), rabugentos (porque a cama chama por eles), agitados (da excitação e da novidade), e barulhentos (a falarem uns com os outros).

A esta distância do Natal “todos” compreendemos bem por que é que as crianças se comportam assim, verdade?

As Etiquetas e os Sermões

Mas, muitas vezes no dia em si, os adultos envoltos nos seus afazeres, necessidades e emoções, nem sempre usam da sua compaixão, gestão emocional e empatia e desatam em ameaças do tipo: “O Pai Natal se falas alto não vem”; ou “Portas-te mal e o Pai Natal vai-te trazer carvão”; ou “Os meninos que se portam mal não recebem presentes”.

Mais adiante, começam a surgir as etiquetas, às vezes em surdina, outras vezes à descarada: “És muito chato sabias?”; “És mal comportado”; “Que impaciente… tens de aprender a ter paciência”; “És impossível, um birrento”.

Durante as festas há sempre alguém que conversa com (ou dispara contra) os nossos filhos e lhes diz qualquer coisa como as que escrevi a cima. E nós (os) pais que sabemos que não é assim, mas muitas vezes calamo-nos. Nós que representamos a autoridade para os nossos filhos, as pessoas em quem mais confiam… Nós pais, precisamos de repor a verdade!

Porque os nossos filhos não são chatos, nem mal comportados, nem birrentos, ESTÃO naquele momentos excitados, felizes, ansiosos, e agitados porque o seu cérebro é imaturo e ainda não conseguem gerir as suas emoções.

Os filhos tendem a acreditar mais em nós que nos outros adultos. É por isso importante haver esta assertividade para que não cresçam a acreditar em carimbos internos e “verdades” que não são seus.

Para que não tentem corresponder a um padrão que não era seu. Mas, que se a verdade não for reposta eles podem absorver como seu. Passarem a acreditar que são assim e que se devem comportar dessa forma para não defraudar os adultos.

Podemos começar já hoje a fazer isso?

#oquefazemosimporta

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