
Há dias difíceis. É isso.
Que há dias difíceis não temos dúvidas. Há dias melhores que outros dias.
Já perdi a conta ao número de livros que li, e de autores que consultei. Mas, os livros não nos dão a multiplicidade de experiências de diferentes situações. Não com tudo a acontecer na nossa vida, com mais 4 pessoas (marido e 3 filhos).
Os meus dias com a minha família decorrem geralmente bem e em harmonia, mas também há dias em que isso não acontece dessa forma. Domingo passado foi um deles.
Há dias difíceis.
Acordaram em folia, não queriam fazer os trabalhos de casa, atrapalhavam-se mutuamente durante os TPC, queriam passar mais tempo do que o acordado a ver tv, reclamavam um com o outro e tratavam-se “mal” chamando-se nomes (“leves”), pegaram-se no carro por causa dos cintos e dos lugares. À noite não queriam pôr a mesa, brincaram por cima da toalha de “piquenique na sala” derrubando coisas, gritaram uns com os outros; ora a brincar, ora incomodados… não se entendiam com o filme para ver…
Escutei, observei, expliquei, e pedi ao longo do dia. Individualmente e em grupo, mas se resultava em conexão com um, com o outro nem tanto…e dali a nada estavam de novo com o mesmo comportamento…
O que as pessoas de todas as idades precisam é que compreendam o que estão a sentir, não que concordem ou discordem com elas. Neste sentido, eu não me estava a sentir compreendida (e possivelmente não compreendi. Tentei.). A minha frustração aumentou e fui tendo pausas, micro explosões, pausas, partilhas, pausas, conversas.
Domingo foi um dia difícil… desgastante…
Segunda foi paz
Segunda, primeiramente, quando os fui acordar estavam vestidos. Seguidamente, abraçaram-se a mim e perguntaram se aquela surpresa (de já estarem vestidos) poderia compensar o que acontecera no dia anterior. Logo depois, pediram desculpa. Resultado: chegámos à escola antes da hora (geralmente chegamos em cima da hora, a passar 1 ou 2 minutos)… Colaboraram em TUDO e anteciparam muitas vezes os próximos passos.
De facto, há dias que confluem para que as coisas sejam assim. Porque as vidas reais são assim mesmo.
Educação dos dias de hoje
Às vezes queremos uma educação rápida, com resultados imediatos. Que façam, que aprendam, que obedeçam, que sejam autónomos e que sejam educados. Bons alunos, inteligentes, calmos e obedientes (já tinha dito obedientes?!).
Apesar disso, a educação – que somos nós que damos – dá-se na relação e a relação constrói-se ao longo dos dias e anos.
Não é uma corrida é uma caminhada.
A aprendizagem também.
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Encontra mais vezes a felicidade na tua família! ♥
#beyounique