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Eu a ser Eu: Mãe e Profissional

Esta semana comentava com o meu marido uns stories que acompanhei de uma senhora que estará a iniciar a sua caminhada (mãe e) profissional na área parental. Eu comentava dizendo que não colocaria aquele conteúdo daquela forma, não comunicaria assim com a minha audiência.

A minha filha ouviu e perguntou de imediato se eu teria vergonha de fazer aquele género de conteúdo, apontando que normalmente eu sou a primeira a dizer que nos devemos aceitar como somos.

Expliquei-lhe que não queria comunicar daquela forma, que tenho outras formas de o fazer, que prefiro. E ela continuou insistindo e dizendo que eu sou brincalhona em casa, que danço, canto, brinco e conto histórias, então, por que é que não poderia dançar para minha audiência?

(Pumbas! Olha a questão cirúrgica tudo tem que fazer sentido naquelas cabecinhas)

E eu respondi que nós somos tudo e que dentro de nós está tudo, é verdade. Que eu danço com eles e gosto, e que se se proporcionar publico isso em contexto da vida real, mas não forço a dança para comunicar, porque quero e prefiro escolher, neste contexto, comunicar de outra forma. E que isso não significa que tenha vergonha de dançar. Significa que não escolho essa via para comunicar, pelo menos por agora. Se o fizesse seria só porque aparentemente “converte mais” (simplificando, traz mais resultados em redes sociais).

E ela pareceu ter entendido e a questão ficou por aí.

Mãe e Profissional: Eu a ser EU

Curiosamente esta semana fazia um webinário na be:coach – o último webinário no âmbito do acompanhamento da Certificação Internacional Professional Coach, onde partilhava conteúdo sob o tema: «Marketing: Uma abordagem à Marca, e à Comunicação» e no espaço a dúvidas levantou-se uma questão que vai mais ou menos de encontro com aquilo que a minha filha perguntou (mas do avesso) e que passa por isto: Quando tu sondas o teu público no sentido de saber o que é que eles preferem receber, consumir, ler, estudar ou comprar, não deixas de ser tu? Não prescindes de fazer aquilo que gostas para passar a fazer aquilo que eles querem?

Eram perto das 22:30, e entre conversa e explanações, um dos meus filhos começa a bater à porta do escritório a chorar (a chorar alto e a bater à porta com uma firmeza crescente). Estranhei porque se teria deitado há cerca de uma hora e perante isso, fiz um breve compasso de espera enquanto continuava o webinário, para perceber se o meu marido o atenderia, mas por algum motivo o meu marido não estava ali “à mão” e então, eu “carreguei no pause” do webinário por segundos e fui buscá-lo, sentei-o no meu colo e continuei o webinário. Em menos de 10 minutos tinha adormecido enquanto eu prosseguia.

Prosseguindo como Mãe e Profissional…

Para dar continuidade à discussão do tema que se estava a dar, peguei precisamente no que acabara de acontecer; eu não deixei de ser eu Paula profissional que escolhe estar sozinha no escritório para entregar um webinário, mas também não deixo de ser eu Paula profissional por me levantar para pegar no meu filho que precisa, para depois continuar a entregar esse mesmo webinário com ele ao colo. Adicionei uma dimensão da minha vida que inicialmente não escolhera trazer para o webinário –  a dimensão de mãe. Mas, mantenho-me a ser eu, sem excluir nenhuma parte de mim, continuo a ser a mesma profissional, continuo a entregar o conteúdo e a aceitar todas as partes de mim.

Quando eu atendo o meu filho estando em pleno webinário e não sinto embaraço por isso (julgamento), essa sou eu a ser eu, sem conflitos internos de ter que escolher o que é mais importante, ser mãe, ou ser profissional. Eu sou ambas.

Eu Ajudo-me enquanto Ajudo

Quando eu procuro saber o que é que o meu público quer, pretende ou prefere saber, aprender, ou consumir mais, eu não deixo de ser eu a fazer o que gosto, aquilo que faço é procurar potenciar isso e tornar a experiência ainda mais agradável, servindo-os melhor. E se o conseguir para eles, consigo-o para mim. Porque esse é um dos meus propósitos – servi-los.

Quando eu prefiro comunicar com a minha audiência através de artigos, não significa que eu não possa dançar se se proporcionar, sem conflitos internos. Mas essa não é a minha escolha preferencial. Não o faria, para já, por defeito; para quê impor-me isso, quando não é espontâneo? Mas, se por ventura fizesse sentido partilhar uma dança porque espelharia o que eu pretendo transmitir à minha audiência, eu partilharia essa dança, sendo eu.

Nós não somos o que temos, fazemos, dizemos ou dizem de nós. Também não somos o que sabemos, o que vemos, ou o que sentimos. Nós somos tudo e identificamo-nos mais com algumas dessas partes. Isso monta a nossa identidade, mas não nos define (pelo menos, totalmente).

Ajudas-me?

A propósito, aproveito este fio de meada, para te pedir que me ajudes a ajudar-te ♥ através do preenchimento do questionário que preparei para pensar em novas iniciativas; melhorar a minha oferta de conteúdo e de serviços; garantir que aproveitas ao máximo esta iniciativa e os conteúdos que partilho; para te proporcionar uma experiência cada vez mais personalizada; e para te ajudar cada vez mais e melhor.

São 5 a 10 minutos para sermos mais Felizes carrega aqui, por favor! 😉

Gra-ti-dão!

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