
Compreender os filhos para ser mais Feliz!
Compreender os filhos… às vezes é desafiante, não é verdade?
Se eu vejo alguém a correr desenfreadamente pela rua e não percebo porque corre, posso fazer juízos de valor e sou até mesmo capaz de fazer algum comentário entre dentes do tipo: – “Olha…! :O Endoideceu?…” Mas, se eu vir que uma matilha de cães corre atrás dele, então eu percebo porque corre daquela forma! E até torço para que consiga correr mais depressa.
Da mesma forma, se eu compreender que seja como for, e pelo que for, faz sentido para o meu filho fazer o que faz (mesmo que eu não aceite, ou perceba) fico mais recetiva a ajudá-lo a compreender o porquê de ser importante agir de outra maneira.
Imagina agora que estás a ver um dos teus filmes preferidos, ou uma série de que gostas, ou que estás no meio de um cozinhado que exige que não pares de mexer o preparado. No meio de um dos processos chamam-te. Tu vais imediatamente? Possivelmente não vais 🙂
O que é que achas que quem te chamou, perceciona? Achas que vai gostar, ou considerar aceitável que não tenhas respondido com alguma rapidez à sua solicitação, sem mais explicações? Talvez não. Pode mesmo ser que, dependendo dos casos, gere discussão ou algum arrufo se não for falado …
Há sempre uma Razão
Na base do comportamento dos nossos filhos está uma razão. “Penso, logo existo.” já dizia Descartes. Então, eu penso, tomo decisões e ajo de acordo com esse pensamento, mesmo que seja inconscientemente.
“Quando compreendemos somos mais recetivos, tolerantes, carinhosos e felizes de forma natural. Quando nos falta compreensão, direcionamo-nos para a ira, a inveja, o ódio e o sofrimento.” THICH NHAT HANH
Compreender os filhos não significa que eu aceite os seus comportamentos, ou atitudes. Significa que eu compreendo e ganho lucidez para orientar o meu filho de um outro lugar, que não a ira ou o sofrimento, por exemplo.
A Pertença e o Poder para Compreender os Filhos
Já dediquei aqui no blogue artigos aos baldes da pertença e do poder que falam da importância destes dois elementos (sentimento de pertença e de poder) para o bem estar das crianças e para a sua colaboração.
Quando eu percebi a importância do nivelamento dos baldes – que enchê-los depende de mim enquanto mãe – e o passei a relacionar com o comportamento dos meus filhos passei a perceber melhor o seu impacto e a dinâmica envolvente. Compreendi que enquanto uns “padeciam” de “bom comportamento” e de colaboração, os outros estavam satisfeitos da vida e passei a entender melhor como equilibrar o “enchimento dos baldes” de cada um. Ainda estou e estarei em afinações porque:
1. O treino nunca acaba;
2. Eles crescem;
3. As suas necessidades evoluem.
Procurar compreender os filhos passa a ser um hábito.
Eu sou a Mãe
Eu não sou coach dos meus filhos, eu sou a mãe deles e sem dúvida nenhuma que o coaching infantojuvenil me trouxe muitas ferramentas úteis para me aproximar mais da mãe que eu quero ser – mais longe de conflitos diários e de lutas de poder e mais próxima da conexão com eles.
Às vezes ainda acontece de me aborrecer com eles e de chegar a gritar? Mentiria se dissesse que nunca acontece (sou humana…). Acontece, mas muuuuitoo menos vezes. O que sinto que praticamente já não acontece é desconectar-me deles, ou seja, volto a mim muito rapidamente, quase imediatamente, e isto, entre outras coisas, atribuo-o ao facto de hoje ser mais consciente e de os compreender melhor. Quando somos mais conscientes, focamo-nos nisso (de que somos conscientes).
Seja como for, não é o que nós damos, não é como damos, é o que eles sentem. No final das contas é isso que importa. Se não soubermos e compreendermos com empatia e compaixão o que sentem, como saber o que lhes dar?
Encontra mais vezes a felicidade em ti e na tua família! ♥
#beyounique
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