
Como SER feliz se o meu filho dá Problemas?
O meu filho dá Problemas: Como posso sentir-me feliz?
Esta é uma questão que me colocam, não só nas formações que dou, como nos processos que acompanho. Neste momento tenho 3 processos em que isto se colocou inicialmente. Crianças que manifestam agressividade e/ou retraimento para com os seus pares. Um deles frequenta a pré-primária.
Curiosamente, “Um estudo recente conduzido numa amostra de 163 mães portuguesas de crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos, recrutadas nos distritos de Lisboa, Santarém e Funchal, mostra que estas relatam reações emocionais mais negativas, como a zanga, o desapontamento e a culpa, e níveis mais reduzidos de ansiedade e confusão em relação ao comportamento agressivo do que ao retraimento social. Tal pode relacionar-se com a expectativa generalizada dos pais de que, durante os primeiros anos de vida, os seus filhos desenvolvam algum controlo da agressividade e determinadas competências sociais.” (Fonte: Público)
O meu filho dá Problemas
Eles precisam de ser ensinados, de ser acompanhados e orientados. Necessitam que os pais acreditem neles, como acreditaram que lhes iam nascer os dentes, que iam aprender a andar e a comer de garfo e faca. Requer dedicação, colocar de lado expectativas e acreditar neles, orientando-os. Eles precisam que os pais acreditem neles primeiro e que não passem a vida a pensar: “O meu filho dá Problemas…”
Se acreditarmos que o mais importante não está em “RESOLVER” o mau comportamento da criança, mas sim, em descobrir a base desse comportamento e criarmos um ambiente de incentivo, positivo e de orientação, teremos como resultado crianças mais confiantes, autónomas, tranquilas, amadas e felizes.
E… Crianças FELIZES = Pais FELIZES.
Estudo a Mães Portuguesas
“(…) é essencial compreendermos as crenças que os pais têm relativamente ao retraimento social e à agressividade, na medida em que estas podem influenciar a identificação destes comportamentos como problemáticos, sendo um passo fundamental para que os pais procurem ajuda profissional para os seus filhos, o mais cedo possível. A procura de ajuda nos anos pré-escolares é essencial para que as crianças possam aproveitar melhor as oportunidades positivas que contribuem para o seu desenvolvimento. As famílias podem aprender a lidar com estes comportamentos, aceitando-os e compreendendo que não há nada de errado com a criança e/ou com os pais.
Ao estabelecerem interações próximas e positivas com os seus filhos, os pais têm oportunidade de validar as emoções e pensamentos das crianças, explicando-lhes que não há problema em sentir emoções negativas*, o que as ajuda a sentirem-se entendidas e apoiadas. Assim, através de um contexto familiar seguro, as crianças promovem a sua confiança, autonomia e aprendem competências socioemocionais (ex., partilhar e ser gentil; mostrar interesse; escutar e colocar-se no lugar do outro) úteis para o estabelecimento de interações positivas no futuro.” (Fonte: Público)
* Para mim as emoções não são nem positivas, nem negativas. As emoções são mais ou menos agradáveis de sentir, e todas elas são importantes e necessárias.
O que Fazer?
Um dos exercícios que propus a uma mãe cujo filho apresenta, na ótica da professora, graves desafios de comportamento foi o de escrever TODOS os dias, pelo menos 5 coisas que o filho tenha feito BEM. Surpreendentemente (ou não), escreve muitas vezes, mais do que 5.
Estava, de facto, desafiante, para esta mãe conseguir “ver” e sentir as coisas “bem feitas” que do filho, porque o seu foco estava no “mau” – era o seu foco e (ainda é) o da professora.
Ajuda muito colocar o foco na solução (pois, “se há um problema, há uma solução”); criar um ambiente de proximidade com a criança; perguntar-lhes o que aconteceu, sem julgamentos; procurar compreender o que fez e aceitar o que sentiu; assumir a sua responsabilidade de mãe/pai. E depois podemos reparar e orientar.
Ser FELIZ é mais fácil do que parece, embora dê (algum) trabalho!
Encontra mais vezes a felicidade na tua família! ♥
#beyounique