Paula Pinto Almeida / Adolescência  / Bullying: O que estamos a fazer?
bullying-o-que-fazer

Bullying: O que estamos a fazer?

Hoje li isto num grupo dedicado à educação: “O meu filho nunca irá casar, nunca se tornará pai. Tudo por causa de uma criança cobarde.” Após bullying na escola, menino de 12 anos cometeu suicídio. (SIC)

E, já não vai voltar.

A notícia é de Fevereiro de 2022, e não deixa de ser atual e não deixa de ser dramática. Há dois dias tornou-se viral a notícia de bullying virtual em Espanha em que um menino de 11 anos foi insultado pelos colegas de uma escola de verão, no preciso momento em que se cantavam os parabéns. Mas, há mais histórias, há mais vidas (de agressores e agredidos) que passam por isto e que nós não sabemos, às vezes nem sonhamos…

 

O que precisamos de fazer?

Precisamos de ensinar mais em casa, do que regras à mesa, que não se deixa nada no prato, que quando desarrumamos voltamos a pôr no lugar… Precisamos de ensinar mais do que português, matemática, ciências e química na escolas (sei que se ensinam mais disciplinas e tu entendes-me…)

Pessoas magoadas magoam pessoas, crianças feridas, ferem outras crianças. É necessário ensinar, sim EN-SI-NAR empatia às crianças, ensinar-lhes a colocarem-se no lugar do outro, ensinar-lhes valores como o RESPEITO, ensinar-lhes a necessidade de considerarem que os outros (TODOS) são únicos e especiais, tal como eles próprios. Também é preciso partilhar histórias de vida, de superação, de não superação e que o mundo não é só o que eles veem, o que eles conhecem, o que os deixam conhecer e o que os ensinam consciente ou inconscientemente.

É necessário que aprendam e SINTAM verdadeiramente que nenhum, mas absolutamente nenhum ser humano é MAIS enquanto ser humano que outro ser humano. Uma vida humana é uma vida humana e ninguém é mais do que ninguém.

 

Ninguém vale mais ou menos que ninguém!

Por outro lado é preciso que saibam, que lhes digam muitas vezes, que nenhum ser humano, por seu lado, é MENOS que outro ser humano.

Mas, o mais IMPORTANTE é que sejas TU que és mãe ou pai, ou professor, ou cidadão, ou auxiliar, ou amigo, ou tio, ou vizinho a dizer-lhe também. A fazê-lo sentir isso. Porque só assim isto vai mudar.

Se não sabes fazê-lo aprende! Aprender depende de ti! Aprender DE-PEN-DE de TI.

Não sabes, “manda-o” para quem sabe. Porque para haver seres humanos, adultos ou crianças a fazer bullying a outros seres humanos, primeiro tiveram que A-PREN-DER- a fazê-lo. E são essas pessoas que mais tarde vão ensinar outras a fazê-lo.

O que falta acontecer para percebermos que é necessário e obrigatório fazermos uma interrupção, uma pausa, trazer uma luz a tudo isto?

O que te posso dizer é que estou a fazer a minha parte e a minha parte não é só escrever este texto, não é só acompanhar pais, crianças e jovens em processos. A minha parte irá mais longe e estou a trabalhar nela neste momento.

Faz a tua parte! Se precisares de ajuda, manda uma mensagem.

Se quiseres começar a ter mais consciência e não sabes por onde iniciar ou ampliar a tua jornada, sugiro que comeces por aqui: https://paulapintoalmeida.com/guiaparapais/autoritario/ foi desenhado com ferramentas que ajudam muito os pais a comunicarem aquilo que querem e como querem com os filhos.

Até já! ♥

Sem comentários

Deixa o teu comentário e /ou ideias para o próximo artigo