
Eu nunca imaginei que cozinhar “resolvesse” birras!
Birras, aquelas “amigas” que os adultos acham que não têm, mas que nas crianças tão bem conhecem…
Este Domingo estive em formação todo o dia e quando cheguei a casa estavam alguns membros do meu clã à volta de um puzzle de 500 peças novo… Senti, ao entrar em casa, um pouco de tensão no ar… então, soube por mensagem que tinham começado todos juntos – pai e filhos – por fazer o puzzle, mas que às tantas tinha havido desistências e que só a minha filha o continuou por bastante tempo.
Mesmo insatisfeita fê-lo até surgir uma crise maior: um dos rapazes mexeu no cartão (que servia de base) do puzzle e ao movê-lo desfez o que já havido sido feito!… Praticamente tudo.
Nessa altura a minha filha parou de o fazer, frustrada e aborrecida da tarefa. E depois, os mais novos chatearam-se entre si.
Quando cheguei a casa
Bom, quando cheguei a casa só o meu marido estava a fazer, de facto, o dito puzzle. Os miúdos andavam à volta dele mas não lhe tocavam. Até que, um deles quis começar a fazer o puzzle. O meu marido disse-lhe que esperasse porque estava a acabar de fazer uma parte.
Está visto que deu birra.
Todo o dia em casa, TPC, uma tentativa de construção do puzzle frustrada, a mãe fora todo o dia… deu-se a tempestade perfeita – a BIRRA!
Quando cozinhar para birras
Nessa altura, chamei-o, esperei, convidei-o a sentar-se no meu colo, acolhi o seu sentir e as suas necessidades e convidei-o a ajudar-me na cozinha, uma vez que o pai, naquele momento, precisava de estar mais concentrado. E lentamente parou de chorar, limpou as lágrimas, e disse que sim.
As crianças querem ajudar. Quando as convidamos a ajudar-nos elas ficam mais propensas a escutar e se em vez de lhes ordenarmos “deixa o pai em paz” os convidarmos a ajudar-nos “ajudas-me a fazer o jantar?” a probabilidade de quererem ajudar é provavel que prevaleça.
Foi o que aconteceu. A necessidade dele era a de contribuir e ela foi nutrida quando me ajudou na cozinha.
Eu nunca imaginei que cozinhar “resolvesse” birras e tu? 🙂