A importância de deixar ir
Nestes últimos dias tenho andado a refletir sobre este tema e descobri que às vezes me custa deixar ir… simplesmente deixar ir…
Ainda me custa um bocadito, em certas situações ou relações RENDER-ME.
O Dr. David R. Hawkins (psiquiatra, professor universitário e investigador) explica que o sofrimento emerge da resistência, resistência ao que É, face ao que gostaríamos que fosse. Então, quando a realidade não é como gostaríamos resistimos a aceitar que ELA seja como é. A partir daí começam a acumular-se emoções desafiantes dentro de nós, tais como: tristeza, medo, raiva, vergonha, apatia, ansiedade, culpa, arrogância, ganância, preguiça, ódio, entre outras.
E isto pode acontecer relativamente à mesa que o teu filho não levantou de manhã, como ao colo que a tua mãe não te deu, ou não te pôde dar em criança, ou em relação àquilo que julgas que o teu filho (não) vai fazer amanhã. Negamos o que aconteceu, ou o que está a acontecer, ou ainda, o que julgamos que vai acontecer. E alimentamos emoções que nos desafiam. Criamos a ilusão de que podemos mudar o (que não aconteceu) amanhã. RESISTIMOS.
Então o que fazer?
O mecanismo interno de rendição é considerado pelo Dr. David Hawkins um grande benefício. Ou seja, podemos, para nos aprendermos a render = deixar ir, prescindir do controlo e do ressentimento, admitindo a realidade do Presente, do Passado e do Futuro. Que estas são como são – Isto é Aceitar.
Noto que ainda me custa deixar ir quando se trata da minha família, em certos pontos específicos, aos quais estou agora mais atenta (claro!). Atenta e curiosa, porque estas questões desafiantes, provocam-me, entre outras coisas, curiosidade.
E Deixar ir não é Negligente?
Não estamos a ser apáticos ou negligentes quando deixamos ir. Estamos atentos e conscientes de que podemos dar o nosso melhor e fazer tudo o que está ao nosso alcance, e, não controlaremos o resultado. Porque o resultado depende de inúmeros fatores e intenções.
A nossa intenção quando deixamos ir não é a de controlar, mas a de estimular o que consideramos ser melhor, sem a rigidez de querer mudar o resultado. Ou por outra, aceitando o Resultado.
Encontra mais vezes a felicidade na tua família! ♥
#beyounique
Olá minha querida Paula💖
Quero te dar os parabéns por este artigo, tão bem escrito. É talvez para mim, uma das coisas mais difíceis… “Deixar ir” mas ao mesmo tempo, é o que mais tenho trabalhado, neste processo de consciência e autoconhecimento! Li este artigo no momento certo, em que mais sentido fez para mim! Isso ajudou-me a ver o sofrimento noutra perspetiva, e consequentemente a solução! Faz sentido?!!
Sempre grata pela tua partilha 🙏 🥰😘